sexta-feira, 17 de outubro de 2008

"A justiça é tão falível que ela própria se encarrega de reformar suas decisões."
Carlos Drummond de Andrade

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Dos amores


Do amor que sonhei
Alazão inexistente.
Do amor que fingi
Imaturidade, bem sei.
Do amor que prorroguei
A estação se impôs.
Do amor onde argumentei
Retorno à singularidade.
Do amor que neguei
Incompatibilidade.
Do amor que odiei
Contradição?
Do amor que viajei
Pés no chão, ou pelos ares.
Do amor em que do mundo abdiquei
Plenitude ou não.
Do amor sem desejo
Amizade.
Naquele proibido amor
Eterna cumplicidade.

E há quem diga que nunca amei...

Pra não dizer...


Pra não dizer que não falei de flores:

orquídea
rosa
cravo
girassol
begônia
margarida
lírio
boca-de-leão
onze-horas
crisântemo
gérbera
strelitzia
bromélia
copo de leite
antúrio
tulipa
violeta

Nada original, mas cá estou presente, neste agradável clima primaveril - aguado!

Fico muito feliz de ter fomentado a vontade/necessidade de escrever em alguns amigos. Os blogs multiplicam-se. Só temos a ganhar – é...alguns conteúdos relativizam esta afirmação.

Flores a todos!

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Sorriso de poeta, em meio a retórica

Resolvi virar poeta numa segunda-feira!

Segundo Furlan, ninguém entende o que eu escrevo mesmo!

Brincadeiras a parte. Amigo (é, assim lhe considero, para seu desprazer): obrigada pelas observações sangrentas! És o primeiro e único a fazê-las.

Sei que o meu sorriso é o teu maior pesadelo, mas você jamais será poupado desta obra de arte esmaltada. Ele não se iguala a um raio de sol... mas ilumina a fria 301!

Camarim

Olhos teus
Não olhem passar
Não esperem eu chegar dizendo:
- O mágico dia chegou!
Perceba!
À tua volta
Na rotação constante
Um mundo há
Lindo, rico, colorido
Porém efêmero
Faça o seu show!
Nasceste para brilhar
Ou sucumba (novamente?) no camarim.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Nem passar agosto esperando setembro.... se bem me lembro.

VERGONHOSAMENTE, mas não desavisadamente, omiti-me durante o mês de agosto.

Por que? Porque? Por quê? Porquê?

Aff... a gramática está longe... e um momento de inspiração não deve ser desperdiçado. (Muitos insights já foram!)

"Não quero medir a altura do tombo
Nem passar agosto esperando setembro, se bem me lembro"

É um mês pesaroso, que sempre traz "bad news". Mas... todas devidamente superadas. Para a alegria da nação...e principalmente a minha.

Rememorando o que não foi dito, e que deve ser compartilhado, houve o dia em que ganhei agosto!
Após um boa conversa com meu psico-podólogo, principalmente, mas não somente, sobre ética profissional, tive a grande alegria de ser agraciada pelo acaso: encontrei, em pleno sol das 15:30, o ídolo Humberto Gessinger. Sim. Fui apenas mais uma fã histérica. Invitável, acredite!
Felicíssima, ligo para meu amigo Fabrício, igualmente fanático por Engenheiros do Hawaii, para, óbvio, gabar-me. Eis que surge um dos primeiros dilemas éticos da minha vida acadêmica: um convite, uma oportunidade muito interessante de participação em um congresso internacional, mas da qual eu não era digna - por não ter colaborado na execução do projeto, além de ter que apresentar um tema que não "domino", sendo amistosa. Ir ou não ir?

Relembrando meus milhares de discursos repudiando a contradição, cá estou eu. Escrevendo. Enquanto a galera faz as malas.
Um acerto. Creio.

Crescer tem disso! Escolhas, dilemas, problemas. Enfrentemos!

"Nada tenho, vez em quando tudo
Tudo quero, mais ou menos quanto
Vida, vida, noves fora zero
Quero viver quero ouvir quero ver"

A primavera tem outras cores e perfumes. Acredite!

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Nota de esclarecimento

Relapsa... absolutamente.

Envolvida nos "causos" cotidianos, por vezes o blog tornou-se mais uma cobrança. A vida é feita delas.

E ai perdeu-se: idéias de textos fantásticos. Iluminações advindas de argumentos da Marta Medeiros. De músicas. De fotos. Lastimável.

Mas... a memória é boa. (Perdoem-me: quase boa - ando repetindo muito os assuntos, não?) E irei retomar as inspirações.

Imperdoável são as perdas de oportunidades. Ahh... isso, sim, é cruel. Perder o momento certo da aproximação. Do perdão. Vencer o orgulho. O medo. "O tempo não pára..." e não volta.

Então... estou "na ativa". Aguardem!

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Caros amigos!

Bem... cá estou eu: criando este espaço ao qual denominei "infinito particular". Uma alusão a música da afinadíssima Marisa Monte e seus amigos. Mas, diferentemente do disposto naquela, não quero sucitar desafios a outra(s) pessoa(s), será um grande desafio para mim. Seus versos trazem exatamente a minha proposta: "Eis o melhor e o pior de mim...O meu termômetro, o meu quilate".

Minha ferramenta de trabalho é a palavra. O seu melhor uso quando da argumentação, seja jurídica - como técnica processual, seja filosófica - como conhecimento científico. Dominá-la é algo assustador. Fico em estado de pânico! E como superar os medos?? Das críticas, da reprovação, do fracasso, da falta de experiência? Eu diria que a melhor alternativa é encará-los!

Já dizia meu velho amigo (companheiro - mas não amante - de muitas noites) Aristóteles: “Gostando de um amigo as pessoas gostam do que é bom pra si mesmas, pois a pessoa boa, tornando-se amiga, torna-se um bem para o seu amigo. Cada uma das partes, então ama seu próprio bem e oferece à outra parte uma retribuição equivalente, desejando-lhe bem e proporcionando-se prazer." Ter amigos, para ele, é uma virtude garantidora de uma vida boa em sociedade. Então... solicito o auxílio de vocês, meus amigos(as) de fé, irmãos(ãs), camaradas, para avaliarem, opinarem, criticarem e eventualmente elogiarem "o melhor e o pior de mim", serem o meu termômetro. Lapidarem-me... no intúito de adquirir quilates.

A idéia me agrada, me conforta. Conto com a sinceridade cruel e sangrenta de vocês!

Ah...detalhe...é um segredo. Pode deixar que eu, com a minha inigualável condição de ser dotada da capacidade da fala, espalho a todos que julgar dignos do título de amigos(as), auxiliares deste propósito.

Grande beijo!