quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Dos amores


Do amor que sonhei
Alazão inexistente.
Do amor que fingi
Imaturidade, bem sei.
Do amor que prorroguei
A estação se impôs.
Do amor onde argumentei
Retorno à singularidade.
Do amor que neguei
Incompatibilidade.
Do amor que odiei
Contradição?
Do amor que viajei
Pés no chão, ou pelos ares.
Do amor em que do mundo abdiquei
Plenitude ou não.
Do amor sem desejo
Amizade.
Naquele proibido amor
Eterna cumplicidade.

E há quem diga que nunca amei...

3 comentários:

Oseias disse...

Outra vez, me deixas entre a imcompreensão e o encantamento! E estar ao menos uma vez por semana nesta situação, saiba, é algo difícil com que lidar. Pr'essas horas, lembro Drexler: "Quem terá razão, quem terá errado? Quem não haverá duvidado de seu coração..."

MkU_Style disse...

O bom é que todas as palavras "tentam" explicar o amor, mas não existe...
Acho que é por isso que ficamos tão loucos...
hehehehehehehehe

Posso comentar também que me vi em algumas frases ali...

Muito legal o que vc escreveu!

Beijão, saudades.

André Conti disse...

Ai esfinge... como seria bom acreditar que, se há algo de real nesse teu ser lírico, esses amores estão distribuídos em ordem cronológica! ;)

É a eterna esperança do deciframento...